Um pedacinho doce no ACORDALEITURA...
Participar de leitura e de escrita... digital? na contemporaneidade? ... eis um desafio cheio de entusiasmo e de expectativas... boas? Quem sabe. Ler e escrever são meus cotidianos - pensei. Como não participar? Afinal, faz parte das minhas orientações técnicas - como professora coordenadora no Núcleo Pedagógico - o encentivo à leitura e à escrita... mas já estou tão acumulada de trabalho, já estou invadindo as madrugadas escrevendo projetos disto e daquilo... Seria prudente...mais um curso online? E pior! com um Blog! (que bicho é esse, que terei que alimentar?)
Quanta dúvida! A curiosidade e a emoção do novo responderam: "participa! Você adora livros... e escreve mais, até, do que fala." Deixei-me seduzir. Inscrevi-me no curso a distancia e estou chegando ao fim do primeiro módulo. Venci!
As leituras foram ótimas, interessantes fluiram. As atividades criativas, as discussões e interações nos Fóruns ricas e divertidas, a mediação da tutora Erica tranquila, segura e competente...
Ah! é muito bom estar aqui, publicando este pedacinho doce de quero mais, mais interação com os colegas, mais trocas de leituras, mais manipulação das partes do Blog...mais postagens, mais fotos, mais e mais. Um Blog criado para ficar! Para receber visitantes jovens ou velhos, alunos ou professores, homens, mulheres, meninos, meninas, todos ou qualquer um que goste de ler e de escrever.
Sejam bem vindos a esta brincadeira de a cor da leitura, a corda leitura, ou a cor da leitura.
ACORDALEITURA
Este Blog nasceu das atividades do Curso online " Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade" disponibilizado aos integrantes do Quadro do Magistério da Secretaria da Educação de São Paulo. E, nós, ocupantes de uma das 2.220 vagas, formamos o grupo 4 da Turma 15, para organizar e manter o ACORDALEITURA. Esperamos sua visita e desejamos que você encontre aqui muitos motivos para se divertir, se emocionar e quiçá descobrir um pouco mais sobre o valor da leitura e da escrita.
terça-feira, 15 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Perfil da professora APARECIDA DE FÁTIMA AURA OVÍDIO
A professora Aparecida mora em São João das Duas Pontes-SP e é professora de História.
Teve seu primeiro contato com a leitura e a escrita na escola, e tem ótimas lembranças
de sua professora da 1ª serie a Conceição, que fazia ela abrir a cartilha Caminho Suave com todo o carinho, e sempre dizia que o mundo estava em suas mãos Amava a delicadeza com que ela lia e contava historias como a “Branca de Neve”, nunca gostou das bruxas e vivia torcendo para que elas morressem logo.
Hoje lê muito livros de historias relacionados à sua disciplina, historias concretas, além de revistas principalmente a Veja a qual é assinante, e pensa que com a leitura podemos conhecer o mundo inteiro e sem ela não somos ninguém.
Ligação telefônica da Aparecida
- Alô Ana!
- Sou eu, quem é?
-
Carla! Acorda é urgente, tem um homem caído na porta da minha casa, fui
por o lixo para fora e dei de cara com ele, acho que ele está morto!
- Puxa vida! Você tocou nele?
- Não!
- Então não faça nada, desligue o telefone e ligue imediatamente para a policia, eu vou me vestir e vou ai.
- Venha logo, estou com medo e muito assustada. Aí!
- O que foi?
- Acho que ele se mexeu, vou fechar a porta e ligar para a policia beijos, Tchau.
- Tchau, logo chego ai.
- Alô é da policia?
- Sim senhora.
-
Policial tem um homem caído na porta da minha casa, tudo leva a crer que
ele está morto e eu nunca vi ele na minha vida, por favor, mande uma
viatura urgente moço, estou apavorada!
- Calma minha senhora me passe o endereço que logo os policiais chegarão até sua residência.
- Rua Jabuticaba nº13, vila Jurema, por favor, venha depressa!
- Já está a caminho senhora, fique calma.
- Vou desligar e aguardar, não demore, por favor!Muito obrigada.
Texto da Aparecida Ovídio
A importância da Leitura
Venho
de uma família muito humilde, minha mãe é semi analfabeta e
infelizmente não podíamos comprar livros. Meu primeiro contato com a
leitura e a escrita se deu na escola, jamais vou esquecer a minha
professora da 1ª serie a Conceição, ela me fazia abrir a cartilha
Caminho Suave com todo o carinho, e sempre me dizia que o mundo estava
em minhas mãos, amava a delicadeza com que ela lia para nós e contava
historias como a “Branca de Neve”, nunca gostei das bruxas e vivia
torcendo para elas morressem logo.
Já
na quinta série foi quando li meu primeiro e inesquecível livro infanto
juvenil “A Ilha Perdida”, foi quando eu conheci o universo da
imaginação, aventura e a descoberta de outro mundo a dos livros. Minha
professora Célia de português incentivava muito a leitura e o prazer em
ler.
Quando
li o depoimento de Marilena Chauí e ela relata que o livro é um mundo
porque cria mundos, voltei imediatamente nas lembranças do meu tempo de
estudante e concordo com ela, foi o livro que me fez querer explorar os
diversos lugares que existem na terra e foi por isso que me tornei
professora de Historia.
Hoje
leio muito livros de historias relacionados à minha disciplina,
historias concreta, e leio também revistas principalmente a Veja a qual
sou assinante, a leitura tem muita importância na minha vida e sempre
falo isso para meus filhos, com ela podemos conhecer o mundo inteiro e
sem ela não somos ninguém.
Uma ligação telefônica - texto completo
Uma ligação telefônica
Disquei desesperadamente para a Central de Polícia: um... nove... zero.
- Alô, alô!!! Meu Deus! Alô!!!
E a gravação:
- A central de atendimento informa... tututututu ...
- Minha nossa! A ligação caiu. Vou tentar novamente.
Descontrolada, conferi no quadro de recados, ao lado do telefone: o 190,
um. Nove. Zero. Emergência policial e digitei, mais uma vez, no teclado do telefone:
- Ufa!!! Está chamando... mas a voz eletrônica interrompeu:
- Claro informa, esta chamada não pode ser realizada, verifique o
número e ligue novamente.
- Que desgraça! – ligar outra
vez? Os dedos agitados repetiram um-nove-zero
- Agora sim, está chamando... e com os dedos em figa, apertados como
quem torce, como quem reza, ou como quem luta – atende. atende! Atende!!!
- Você ligou, diz a voz eletrônica vagarosamente, para o plantão
policial um-nove-zero. Tenha em mãos, RG, CPF, e CEP de sua residência. O tempo de espera é de
cinco minutos e dez segundos.
- Cinco minutos e dez segundos? E um morto inerte, jogado na minha
cozinha às 3 horas da madrugada!
Então, a musiquinha irritante, interminável programada para o tempo de
espera, insiste em me grudar ao telefone, embora meus pés quisessem fugir.
- Virgem Maria! - Falo em voz
alta, rôo as unhas até o cotovelo, perscruto apreensiva os ruídos vindos da cozinha, mas os cinco minutos e dez segundos não
passam.
- Santa Mãe de Deus! Estou perdida! Como pode, a campainha tocar às 3
horas da madrugada e eu imprudentemente abrir a porta e encontrar um homem
jogado aos meus pés? Morto!!! Quem seria ele? Por que viera parar na cozinha do
meu apartamento? E, agora, o corpo rígido e frio atravancando a entrada e me
impedindo de fechá-la, obrigando-me a escancará-la ao terror?
Nesse instante, a gravação interrompeu a música ruim para informar:
- Você é muito importante para nós. Aguarde.
Aguardar o quê? Que o cadáver ressuscite, invada o apartamento e me
surpreenda aqui, chamando a polícia? Queria gritar socorro! Quem me escutaria?
- Pois não, Alexandre Marques falando, boa noite!
- Boa noite nada! Tem um cadáver na minha cozinha – disse quase
gritando.
- Como, minha senhora, Diga o seu nome?
- Dizer o seu nome? Não o conheço, nunca o vi nem vivo... só morto,
jogado lá na soleira da porta!
- Não, minha senhora, qual é a sua graça?
- Meu senhor, não tem graça alguma. O homem morreu e jaz aqui!
- Minha senhora, disse o atendente irritado. – Preciso do seu nome, do
nome da Senhoooooraa para registrar a ocorrência e mais o seu RG, CPF, CEP e
...seu endereço também.
- Ivone, Ivone Islãs, por favor, estou apavorada... por favor mande a
polícia aqui!!!
- Pois não Dona Ivone, qual o seu estado civil?
- Casada, ah separada, meu marido saiu há um mês e não voltou
- Vou registrar casada. Qual sua idade? Data de nascimento?
- 48, 4 de abril de....
- Tudo bem e o ano de nascimento?
- Seu policial, tem um moribundo invadindo minha casa e o senhor com
essa conversa às 3h30 da madrugada!? Dá pra me socorrer!!! Vou denunciá-lo na
ouvidouria!
- OK. E o número do seu RG?
- O quê?, não é possível! Eu respondendo essas bobagens...
Então, imbuída de uma raiva irracional, joguei o telefone no chão e
decidida fui à cozinha, certifiquei-me bem se o homem estava morto, empurrei-o
escada abaixo, fechei a porta e voltei a dormir com a certeza de que nem todos
os problemas podem ser resolvidos de madrugada.
sábado, 28 de abril de 2012
Meu depoimento de Leitura e Escrita
Leitura, motivação de uma vida inteira!
A prática de leitura foi muito importante em minha vida.
Tive uma infância de muitas privações e o acesso a leitura era uma delas. Vindo
de família de poucas posses e de pais analfabetos não tive quase nenhum acesso a
livros e ou qualquer tipo de material. Tenho alguns assuntos mal resolvidos em
relação a isso.
Um dos patrões de meu pai havia me prometido os livros que
seriam objetos de estudo para minha iniciada vida escolar e não cumpriu. Isso
virou um desafio para mim e comecei a partir daí e após ser alfabetizado ler
tudo que via pela frente. Comecei pela escrita de textos e para ter o que ler
comecei a relatar tudo que via pela frente, desde a descrição da natureza que me
cercava até as coisas tristes do dia a dia.
Comecei a trabalhar muito cedo - com 10 anos - era
jardineiro de uma praça da cidadezinha onde morava e muitas senhoras que moravam
na redondeza começaram a me dar gibis e livros usados, aqueles que não tinha
tido acesso. A partir daí minha vida se transformou pela emoção e imaginação.
Com tudo isso passei a adorar a leitura e a escrita. Comprava lotes de gibis
desde a turma da mônica até aqueles de super heróis e cultiva cada vez mais a
imaginação.
Chegou uma época que meu quarto se tornara pequeno pela quantidade de gibis
e livros que já tinha adquirido.
Se alguém perguntar o que ganhei com isso, respondo: tudo! A
leitura me tornou um cidadão crítico, tenho muita facilidade de interpretação e
análise de textos e resultados, e, modéstia a parte, escrevo muito bem e tenho
tirado notas excelentes quando tenho que escrever alguma dissertação em
concursos.
Sou professor de matemática mas, fazendo uma análise de meu
currículo escolar, tenho melhores notas em disciplinas que lidam mais
especificamente com a leitura e escrita, fruto daquilo que fiz um bom uso na
minha vida toda. Então, contudo, posso afirmar com toda a certeza que a leitura
dá acesso a tudo que o indivíduo deseja ser e tenho muito orgulho disso.
Conversa telefônica
Conversa telefônica, é uma atividade do curso: Leitura e Escrita em Contexto Digital, pertence ao módulo 3 e relata fatos centrados na sensação subjetiva de quem acompanhou os fatos. Usa uma linguagem coloquial, o relato é feito em primeira pessoa e as palavras denotam emoções e sentimentos.
O objetivo da atividade é produzir textos pertencentes a gêneros de diferentes esferas.
Âo nosso grupo coube uma conversa telefônica, onde deveríamos imaginar uma inusitada sequência de eventos, como se ela tivesse acontecido com alguém logo ao acordar:
Para realizar a atividade, deveríamos seguir a seguinte sequência de eventos:
Abrir os olhos, consultar o relógio de cabeceira, levantar, ir ao banheiro, escovar os dentes, lavar o rosto, ouvir a campainha da porta, enxugar às pressas, sair do banheiro, caminhar até a porta, destrancar a fechadura, abrir a porta, ver um homem caído na soleira, correr e olhar em torno, constatar que não há mais ninguém no corredor, abaixar, tocar o homem com os dedos, sentir que o corpo está frio e rígido, perceber que é um cadáver, correr para o telefone e discar o número da central de polícia.
Seguindo orientações, produzi o texto que segue, acompanhem:
- Alô.
- Oi, Carla, tudo bem?
- Sim, e com você?
- Estou muito assustado!
- O que aconteceu?
- Hoje acordei como sempre antes do alarme do celular.
- Sei, mas porque está assustado, então?
- Então, como eu disse acordei antes de despertar o
celular...
- Você já disse isso, quero saber o motivo da ligação e
porque está assustado.
- Calma, você não deixa eu falar.
- Ok? Então continue, mas sem falar que você acordou antes
de despertar o celular.
- Bom acordei antes do ... desculpe já disse isso né? Hoje
estava me preparando para ir ao trabalho, quando ouço a campainha da porta.
Fiquei intrigado, pois você sabe que moro só e ninguém chega aqui às 6 da
manhã.
- Mas o que tem de errado tocar a campainha?
- A campainha nada, mas como não é normal tocarem a
campainha esse horário, sai correndo do banheiro e fui atender a porta, mas ao
abrir não vi ninguém no corredor a não ser uma pessoa caída no chão.
- Mas essa pessoa estava passando mal?
- Mal? Você não tem noção do que presenciei naquela hora.
- Fala logo, está me deixando assustada também?
- Quando toquei no homem caído percebi que estava gelado e
com o corpo rígido.
- Meu Deus! Não me diga que...?
- Sim... um cadáver!!!!! Bem na porta da minha casa.
- Nossa! O que você
fez?
- O que eu fiz? Fechei a porta e imediatamente liguei para a
polícia falando da encomenda equivocada na minha porta.
- E ai? Mas o que aconteceu?
- Quando a polícia chegou, abri a porta novamente e relatei
simplesmente o que aconteceu.
- Olha se precisar de algo sabe que pode contar comigo, né?
- Claro. Bom, mas não vou mais incomodar... vou agora tentar
trabalhar um pouco para esquecer pelo menos por alguns instantes essa situação.
- Ok, beijos.
- Beijos.
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